Alunos, professores, pais e a comunidade de Cruzaltense acompanharam nesta quinta-feira ,19, as apresentações e exposições da IX Feira das Etnias, organizada pelas escolas municipais. Neste ano, a etnia homenageada foi a Luso-Açoriana, que é formada por índios, portugueses, espanhóis e mestiços. A chegada da etnia ao Brasil é datada de 1752, quando 60 casais chegaram vindos da ilha dos Açores. A Feira mostrou aspectos da religiosidade, que tornou tradição entre os brasileiros festas como a do Divino Espírito Santo e o Corpus Christi e das festas populares, entre elas as festas juninas e a Farra do Boi.  Algumas danças gauchescas, como o pezinho e a chimarrita também são contribuições da etnia, bem como pratos como o quindim, o pão-de-ló e os suspiros.

As crianças da escola municipal Osório Duque Estrada apresentaram jogos e brincadeiras que foram trazidas pelos luso-açorianos ao Brasil: o bilboquê, pular corda, peteca e amarelinha, entre outros.

Como muitas das tradições gaúchas também tem origem no folclore destas etnias, a Feira também proporcionou a apresentação do CTG Rodeio da Querência, de Campinas do Sul e CTG Recanto dos Xirus, de Entre Rios do Sul, que apresentaram danças como o Tatu de Castanholas, Caranguejo, Pau de Fitas, Cavalo Baio, Cana Verde, Balaio e fizeram encenações sobre o fim das guerras e a batalha do Seival.  As apresentações encerraram com uma demonstração de boleadeira de fogo.

Na abertura do evento, o prefeito Kely José Longo, ressaltou a importância do resgate da cultura e do folclore das etnias que colonizaram o município. “Isso é muito bonito e é bom que não se perca, que seja passado de geração em geração”, disse.

As representantes das etnias alemã, Taciane Wall; afrodescendente, Tainara Gonçalves; italiana, Maria Eduarda Avozani; luso- açoriana, Tainara Oliveira e  polonesa, Liandra Voloski Scolari também participaram da Feira. O Salão da Paroquia Santo Antônio foi decorado com objetos, bebidas, pratos típicos e artesanato típico de cada etnia.